Brasília - As operadoras Claro e Vivo levaram os dois principais lotes
de faixas de frequência para oferta da quarta geração (4G) da telefonia
celular, em 2,5 giga-hertz (GHz). O primeiro lote foi vencido pela
Claro, que ofereceu R$ 844,5 milhões, ágio de 34% sobre o preço mínimo
estabelecido no edital (R$ 630,19 milhões). O lote seguinte foi vencido
pela Vivo, com lance de R$1,05 bilhões e ágio de 66%.
Com a quarta geração da telefonia móvel, será possível transmitir dados
com velocidades até dez vezes maiores que as suportadas atualmente pela
tecnologia 3G (terceira geração). Como não houve interesse na aquisição
da faixa de 450 Mhz, destinada à oferta de serviços de telefonia móvel
para as áreas rurais, as vencedoras da faixa de 2,5 GHz se veem agora na
obrigação de prestar esse serviço.
No caso da Claro, serão atendidos com banda larga rural Amazonas,
Amapá, Acre, Bahia, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e a
região metropolitana de São Paulo. À Vivo caberá oferecer a banda larga
rural em Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, no Piauí, Ceará, Rio Grande
do Norte, na Paraíba e parte do interior do estado de São Paulo.
O principal objetivo do leilão, segundo a Anatel, é atender à demanda
crescente no país por serviços mais rápidos de telecomunicações e
oferecer infraestrutura necessária aos eventos internacionais que o país
vai sediar, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Por
isso, as empresas que ganharem o leilão vão ter que implementar a 4G nas
cidades-sede da Copa das Confederações até 30 de abril de 2013 e, nas
sedes e subsedes da Copa do Mundo, até 31 de dezembro de 2013.
Antes de o leilão ter início, servidores da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel) aproveitaram a oportunidade para reivindicar
“autonomia administrativa e financeira” para a agência. Segundo os
manifestantes as atividades de fiscalização da Anatel têm sido
prejudicadas pelo contigenciamento de recursos orçamentários. Os
servidores também criticam a revogação do horário flexível, prática
adotada desde 2009 pelo então diretor Ronaldo Sardenberg, mas que não
teve apoio do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Por Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
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