segunda-feira, 11 de junho de 2012

FAESP e Sindicato Rural orientam citricultores em caso de perdas de laranjas por rejeição de indústrias de suco


Representantes do setor industrial (CitrusBR) apresentaram recentemente a FAESP – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo, dados preocupantes referentes a um excedente de 80 milhões de caixas de laranja do território nacional, que não poderão ser processadas pela indústria de suco na safra de 2012/13.

O fato é que a expectativa calculada para a safra será de 364 milhões de caixas de laranja. Considerando que 34 milhões destinam-se ao consumo interno in natura, restariam 330 milhões de caixas para serem processadas, sendo que as indústrias alegam não conseguir escoar mais de 250 milhões de caixas.

Nessa perspectiva, a indústria considera que há um excedente de 80 milhões de caixas que não poderão ser processadas. O setor industrial argumenta que caso a totalidade da safra fosse processada, o estoque final se elevaria para 1.192 mil toneladas de suco de laranja concentrado, enquanto que a capacidade física de estocagem é de 825 mil toneladas.

A FAESP considera que a situação é extremamente preocupante para todos os produtores de citricultura, pois estabelece um cenário no qual haverá um excedente de fruta que não poderá ser escoada e, por conseguinte, se refletirá na renegociação de contratos com as indústrias.

Diante da atual situação, a FAESP, através de seu presidente, Fábio de Salles Meirelles e de seu vice-presidente, Sr.José Candêo, recomenda aos produtores que em caso de perda de fruta por não recebimento da indústria, sejam fotografadas as frutas no chão, bem como sejam guardadas matérias de jornais locais e documentos que demonstrem os prejuízos causados aos citricultores. Essa documentação poderá ser útil no futuro, dependendo do decurso das negociações.

Já para os produtores que contraíram empréstimos de crédito rural junto aos bancos e não conseguirão honrar seus compromissos, sugere-se o protocolo de ofício na instituição credora, antes da data de vencimento do contrato ou parcela, pleiteando a prorrogação do contrato ou parcela.

“A citricultura é uma atividade de alto investimento. São muitas pragas, doenças e tratos culturais, e o produtor não tendo lucro, não terá como investir no pomar”, lembra o presidente do Sindicato Rural de Jales, José Candêo. E conclui, “Esta baixa lucratividade terá reflexo nas safras seguintes, pois a tendência é que os pomares produzam menos e com menor vida útil”. 

 Fonte: MaisInterativa

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