São Paulo – O Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo
(MP-SP) decidiu não homologar o termo de ajustamento de conduta (TAC)
que estabelecia o fim da distribuição gratuita de sacolas plásticas no
supermercados do estado. O acordo, firmado entre o MP-SP e a Associação
Paulista de Supermercados (Apas) estava em vigor desde o início de
abril.
O conselho entendeu que a medida “não observa o equilíbrio que deve
haver entre fornecedor e consumidor, no mercado de consumo, impondo
somente ao consumidor o ônus de arcar com a proteção do meio ambiente.”
Sem as sacolas plásticas gratuitas, os clientes tinham que providenciar
meios para carregar as compras. A opção mais comum, oferecida e
incentivada pelos supermercados, são as sacolas retornáveis, que custam a
partir de R$0,59.
Apesar de considerar o fim das sacolinhas “salutar sob o ponto de vista
ambiental”, o conselho ponderou que os supermercados devem buscar outra
solução para o problema, que não coloque o consumidor em desvantagem.
“O fornecedor deixou de ter que arcar com o custo do fornecimento das
sacolas plásticas descartáveis ao consumidor, passando a cobrar pela
compra de sacolas reutilizáveis, sem deduzir o custo de seus produtos”,
destacou o procurador de Justiça Mário Antônio de Campos Tebet, que
integra o conselho.
A Apas disse que, por enquanto, vai manter a campanha para desestimular
o uso das sacolas plásticas. Por meio de nota, a entidade ressaltou que
a ação está em sintonia com a Lei de Resíduos Sólidos e em conformidade
com o acordo assinado com o governo de São Paulo em maio de 2011.
Segundo a Apas, desde abril, deixaram de ser distribuídas 1,1 bilhão de
sacolas plásticas. “Com significativa redução de impactos sobre as
cidades, como entupimento de bueiros, com consequentes benefícios para a
população, especialmente a camada mais carente impactada pelas
enchentes”.
Por Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
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