São Paulo – O número de operações bancárias feitas por meio de dispositivos móveis (mobile bank), como telefones celulares com funções de computador (smartphones) e computadores portáteis em formato de prancheta (tablets),
aumentou 49% em 2011 em relação a 2010, de acordo com pesquisa
divulgada ontem (25) pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). De
acordo com o levantamento, há 3,3 milhões de correntistas no Brasil com
acesso aos serviços bancários por dispositivos móveis. Em 2010, eram 2,2
milhões.
As estimativas da Febraban apontam que até 2018 as transações por
dispositivos móveis devem serão tão expressivas quanto as feitas pela
internet. Os dados mostram que, em 2011, 42 milhões de correntistas
usaram a internet para acessar os serviços bancários (internet banking),
11% a mais que em 2010 (38 milhões). Em 2002, os correntistas que
tinham acesso a esse meio de utilização não passavam de 9 milhões.
Segundo a Febraban, a média de crescimento anual foi 18%.
A pesquisa indica que, em 2011, foram feitas 66,4 bilhões de transações
bancárias, 12% a mais do que em 2010. Dessas, 15,7 bilhões foram via
internet, número 25% maior que em 2010. No caso do autoatendimento nos
terminais foram registrados 9 bilhões de acessos, representando um
crescimento de 14% sobre 2010, quando houve 8,6 bilhões de transações.
Segundo a pesquisa da Febraban, o número de terminais de
autoatendimento (ATM), em 2011, chegou a 182 mil, contra 179 mil em
2010. O estudo aponta ainda que a taxa de penetração dos ATM no Brasil
já chegou a níveis semelhantes aos observados em outros países. Em 2010,
o Brasil tinha 9,1 terminais para cada 10 mil habitantes, com 4.295
transações por mês. Nos Estados Unidos, são 13,8 terminais, com 2.303
transações por mês. Na Austrália, são 10,2 terminais para cada 10 mil
habitantes (dados de 2011), com 2.526 transações por mês.
De acordo com o diretor de Tecnologia da Febraban, Luiz Antônio
Rodrigues, o aumento das transações por meio de dispositivos moveis se
deve ao aumento das vendas de smartphones, que devem chegar a
15 milhões de unidades em 2012. “A maior quantidade de transações é para
consulta de saldo, pagamento de contas e transferências. O cliente que
usa o mobile bank acaba fazendo mais acessos do que nos canais
tradicionais”. Rodrigues acredita que, nos próximos sete anos, o acesso a
serviços bancários por dispositivos móveis e pela internet vão superar
os acessos convencionais.
Apesar dos fortes investimentos previstos pelos bancos em novas
plataformas, aplicativos e segurança para o uso dos bancos móveis e da
internet, Rodrigues ressaltou que o crescimento no número de agências em
2011 foi 7%. Para ele, a tendência é que os espaços físicos continuem
sendo ofertados pelos bancos, com taxa de crescimento anual de 5% a 6%.
“É um canal de relacionamento tradicional e entendemos que, nos próximos
anos, deve ser fortalecido o relacionamento com o cliente que ainda
continua utilizando esse canal”.
Repórter da Agência Brasil
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