Brasília – No esforço de aproximar o Brasil da Líbia, o governo
brasileiro decidiu fazer doações, enviar especialistas e apoiar a
realização de eleições parlamentares dentro de dois meses no país.
Especialistas brasileiros que vão trabalhar na desminagem (retirada de
minas terrestres) seguem para Trípoli, capital líbia, nos próximos dias.
Também serão enviados técnicos em identificação de armas e doações de
medicamentos antirretrovirais para o combate à aids.
Nos últimos dias, o vice primeiro-ministro da Líbia, Omar
Abdelkarim, conversou com a presidenta Dilma Rousseff e o ministro das
Relações Exteriores, Antonio Patriota, além de deputados, na tentativa
de obter apoio para a reconstrução da região. Nas conversas, ele disse
que a prioridade do Conselho Nacional de Transição (CNT), que controla o
governo provisório, é a estabilização e reorganização do país.
Do lado brasileiro, segundo assessores que acompanharam as reuniões,
Abdelkarim foi informado que os especialistas em desminagem são peritos
das Forças Armadas que atuaram em Angola (África) e na fronteira entre o
Peru e o Equador. O vice primeiro-ministro também soube que
especialistas irão à Líbia para ajudar no trabalho de identificação de
armas.
A ideia é que os peritos colaborem no processo de controle da
proliferação de armas. Em 2003, ainda durante a gestão do ex-presidente
Muammar Khadafi, a Líbia anunciou o início de um programa de não
proliferação de armas na região.
O vice primeiro-ministro também foi informado pelas autoridades
brasileiras que está em Trípoli um carregamento de medicamentos, no
valor de R$ 1,2 milhão. Os medicamentos foram comprados por meio de uma
ação conjunta de empresas brasileiras que atuam na Líbia – Odebrecht,
Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão.
Com as eleições parlamentares marcadas para 23 de junho, o vice
primeiro-ministro pediu o apoio dos deputados brasileiros. O deputado
Adrian Mousi (PMDB-RJ) se dispôs a cooperar na realização das eleições
para a Assembleia Constituinte líbia, quando serão escolhidos 200
parlamentares.
Por Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
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