Elvino Bohn Gass é o secretário nacional de politica agrária do PT,
foi deputado estadual pelo estado do Rio Grande do Sul e está no
primeiro mandato na Câmara Federal. Um dos defensores da agricultura
familiar, e o desenvolvimento sustentável, em entrevista enfatiza que a
erradicação da miséria no Brasil, a diminuição das desigualdades e
inclusão com cidadania são ações prioritárias no país.
“Pensar nos mais pobres, nas pessoas mais necessitadas e para elas
ter programas, a fim de que se tornem cidadãs é a função do nosso
governo”.
O parlamentar Bohn Gass destaca o Bolsa Familia: “O Bolsa Família,
por exemplo, elas (as pessoas mais necessitadas) tem condições de se
alimentar, de poder comprar sua roupa, de poder ter o mínimo de
dignidade, mas não é para sempre, não é para ser eterno o Bolsa Família”
– e completa que o melhor exemplo da inclusão social do grupo que era
benificiário do Programa, foi a devolução do cartão do Bolsa Família por
parte de milhares de pessoas que conseguiram seu próprio sustento.
O parlamentar ressalta que o Programa tem este objetivo: “dar
condições aos jovens que são de família de baixa renda se capacitarem,
para que eles possam ter um emprego, as mães participam de cursos de
capacitação, as crianças não podem estar fora das salas de aulas”.
O deputado defende que o governo federal faz a sua parte com
programas como o Bolsa Família e o Brasil Sem Miséria e que os estados
também precisam por em prática ações como esta e exemplifica que o
governo do estado de Rio Grande do Sul lançou o programa complementar
RS Mais Igual, que desenvolve um conjunto de ações que passam pela
produção de alimentos.
“Somos sete bilhões de habitantes que precisam se alimentar, e quem
produz este alimento é o agricultor que hoje é beneficiado pelo plano
nacional intitulado Safra Anual, com créditos, financiamentos e
politicas de preços, o Rio Grande do Sul segue a mesma linha, criando
uma politica de estado, quando fui deputado estadual, aprovamos uma lei
de minha autoria, por unanimidade, estava instituído o Plano Safra
Estadual que visa promover com recursos estatais, o desenvolvimento do
setor agrícola gaúcho”.
Em seu primeiro mandato como deputado federal, se destaca como
defensor aguerrido da bioenergia e justifica sua atuação nesta área pelo
fato de ocorrerem inúmeros problemas climatológicos e também pela
necessidade de se ter energias renováveis, pois, segundo o deputado “as
fontes energéticas tradicionais, apesar de serem as mais poluidoras,
contribuindo com as intempéries citadas anteriormente, além de muito
caras, são finitas” e defende: “a energia dos ventos, a energia solar,
as energias com custo menores e neste sentido o gás, produzido a partir
dos dejetos de suínos, de bovinos, que sem tratamento são um problema
para o meio ambiente, podem ser transformado em uma solução rentável”.
Recentemente Bohn Gass esteve em Foz do Iguaçu, estado do Paraná.
Conheceu experiências desenvolvidas com apoio de várias empresas
governamentais, como a Itaipu, a Eletrobrás, e que já foram colocadas em
prática, pelos governos Dilma e Tarso no noroeste gaúcho. “E esta
inovação do Biogás, transformado em energia elétrica, onde o agricultor
não vai ser mais o comprador de energia que vem até a propriedade dele,
mas ele vai ser alguém vendendo em uma solidária de energia, e essa,
para mim é a revolução, que é a transformação do Biogás em energia
elétrica”.
Bohn Gass chegou à Câmara dos Deputados e já apresentou vários
projetos de lei, apenas em um ano de mandato, um dos principais é o
projeto sobre o crédito fundiário. O texto prevê que as famílias
agrícolas possam ter linhas de créditos com boas condições de juros,
para aquisição de suas terras, principalmente em questões relacionadas a
inventário, herança que não estão previstas no Programa de Credito
Fundiário e já se está coletando assinaturas dos líderes, a matéria está
pronta para ir à votação no plenário.
“O intuito é votar o mais rápido possível para poder oferecer aos
agricultores, aos familiares e aos jovens, principalmente, condições de
permanecerem no campo. “O 1º Seminário da Juventude Rural Campesina
realizado na Câmara dos Deputados, foi uma sugestão minha e que teve a
presença de inúmeros jovens, de todos os movimentos sociais, governo,
municípios, prefeitura, estados, aonde nós colocamos o tema da
pluriatividade agrícola, ou seja, as atividades rurais não agrícolas,
mas que permite aos jovens em diferentes atividades permanecerem no
campo, e para isto temos que levar tecnologia”.
Emendas populares
O secretário nacional de politica agrária do PT encerra a entrevista
com um desafio sobre a emenda de iniciativa popular, de autoria do
relator do orçamento, deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) “Esta
experiência dando certo, nenhum outro relator no futuro poderá retirar
esta emenda, o debate será em quanto ele ampliará este recurso, nós
vencemos, o povo venceu e o legislativo cumpriu o seu papel”.
(Ana Cláudia Luz Feltrim / RádioPT e e Adriano Lozado / Portal do PT)
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