O ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, também
acusado da morte de Eliza Samudio, será ouvido durante a tarde de
quinta-feira (22) no Deoesp (Departamento Estadual de Operações
Especiais), no bairro Gameleira, em Belo Horizonte (MG).
Denunciado como o executor da ex-amante do goleiro Bruno Fernandes,
Bola será questionado sobre as supostas ameaças contra a juíza que
preside o processo, Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, o delegado que
coordenou as investigações, Edson Moreira, o advogado José Arteiro, que
atua como assistente de acusação, e o deputado estadual Durval Ângelo
(PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia
Legislativa de Minas.
Bola chegou a ser ouvido dentro do presídio sobre o caso, mas a Polícia Civil solicitou um novo depoimento no Deoesp.
Quem depôs nesta quarta-feira (21) sobre as supostas ameaças foi Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão. Ele negou ter ameaçado
qualquer envolvido no caso. Já na terça-feira (20) o próprio Bruno
depôs e também negou ter feito ameaças contra as autoridades.
A denúncia das ameaças foi feita por um detento que ficou preso com
Bola. De acordo com essa testemunha, o ex-policial teria ameaçado a
juíza, o delegado e os demais envolvidos.
O delegado Islande Batista afirmou que Bruno negou também saber das
ameaças. Ele também disse não ter qualquer relacionamento com o
traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, apontado como chefe do
tráfico na Rocinha, no Rio de Janeiro, a quem seriam encomendadas as
mortes das vítimas.
Quando foi preso, Bruno atuava no Flamengo e morava na capital fluminense.
Caso Eliza Samudio
Bruno Fernandes está preso há um ano e três meses, acusado do
sequestro e morte de Eliza Samudio, com quem teve um filho. O STJ
(Superior Tribunal de Justiça) negou um novo pedido de habeas corpus
apresentado pela defesa do goleiro no mês de outubro deste ano.
Inicialmente, Bruno foi detido por causa de um decreto de prisão
preventiva. Em dezembro de 2010, ele foi oficialmente acusado pelo crime
de homicídio e a ordem de prisão foi mantida. Atualmente, cinco dos
nove acusados pelo crime estão em liberdade.
O corpo de Eliza nunca foi localizado, mas a investigação policial
aponta que o goleiro e outras oito pessoas participaram do assassinato
da jovem. O motivo seria a insatisfação do atleta com o pedido de
pagamento de pensão da jovem.
Eliza Samudio está desaparecida desde o dia 4 de junho de 2010,
quando fez um último contato telefônico com uma amiga. Segundo a
polícia, ela foi morta e teve seu corpo esquartejado. No entanto, os
restos mortais da ex-modelo não foram localizados.
Desde o início das investigações, pelo menos três pessoas do alto
escalão da Polícia Civil foram afastadas ou exoneradas do caso.
Assista à outra polêmica do caso:
Fonte: R7.COM
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