Secretaria estadual deve aplicar jornada sugerida pelos sindicatos e dar 7 aulas extraclasse para docente
Por: Diário de S. Paulo, 21/01
O juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São
Paulo considerou que a resolução publicada nesta sexta-feira pela SEE
(Secretaria de Estado da Educação) não cumpre a liminar concedida à
Apeoesp (sindicato da educação) para aplicação imediata da composição
da jornada de trabalho docente prevista lei do piso, que é federal.
O juiz determinou que a SEE tem 48 horas para cumprir a liminar e
alterar a jornada nos moldes defendidos pela Apeoesp. Segundo o
sindicato, caso isto não se cumpra, o secretário estadual da Educação
poderá ser responsabilizado e até mesmo preso. O Ministério Público
também emitiu parecer corroborando a posição da Apeoesp. Para o
sindicato, a decisão do MP significa um posicionamento com relação ao
mérito da questão. Assim, toda atribuição de aulas realizada em
desacordo com a liminar ora reafirmada, não terá qualquer valor.
A SEE (Secretaria de Estado da Educação) de São Paulo regulamentou
nesta sexta a lei do piso, que determina que 1/3 da jornada do professor
deve ser em atividades extraclasse. Com isso, os professores das
escolas básicas estaduais terão 1 hora por semana (o equivalente a uma
aula) para atividades como correção de provas e preparação de aulas.
Para os dois maiores sindicatos da educação, Apeoesp e CPP, o cálculo do
governo está errado e deveriam ser transferidas sete aulas semanais, e
não uma. As duas entidades disseram que, se o governo não rever o
cálculo, os professores farão greve este ano.
A atribuição de aulas marcada para segunda-feira foi confirmada. A SEE
informou que ainda não foi notificada oficialmente sobre a decisão
judicial. Após a notificação, caberá à Procuradoria Geral do Estado
tomar as medidas cabíveis. Com a decisão judicial, o governo pode ser
obrigado a contratar mais de 50 mil professores, conforme estimativa
citada no processo. A rede, atualmente, conta com cerca de 212 mil
docentes.
Estorno
Na última quarta-feira, a Apeoesp ganhou liminar que impede o governo
de cobrar o salário pago a mais em dezembro de 12 mil professores que
foram desligados da SEE. O juiz da 4ª Vara da Fazenda Pública determinou
que as autoridades não cobrem os valores recebidos pelos associados da
Apeoesp, até decisão judicial em contrário.
Fonte: APEOESP
Fonte: APEOESP
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