Brasília – Com o intuito de consolidar o relacionamento e o diálogo
com o funcionalismo público, o governo federal criou a secretaria de
Relações de Trabalho no Serviço Público (SRT). A repartição substitui a
atual Secretaria de Recursos Humanos. Com a mudança, a nova unidade vai
ser responsável por negociar reajustes salariais, condições de trabalho e
reestruturação das carreiras.
Para atender a nova estrutura, também foi criada a Secretaria de
Gestão Pública (Segep) que substitui a Secretaria de Gestão (Seges), que
foi extinta. A divisão vai administrar o direcionamento da força de
trabalho, a reestruturação organizacional, a capacitação de pessoal, os
concursos públicos e a folha de pagamento. Ambas fazem parte do
Ministério do Planejamento. As mudanças foram publicadas no Diário Oficial da União de hoje (23).
Segundo o secretário-executivo adjunto do Ministério do Planejamento,
Valter Correia, as novas secretarias foram reestruturadas para agilizar a
conclusão dos processos. “Com isso vamos otimizar, racionalizar e dar
maior celeridade às decisões e aos encaminhamentos administrativos.
Agora conseguimos ter visão completa do processo. Antes os processos
eram segmentados”, disse em entrevista exclusiva à Agência Brasil.
O novo modelo tem funcionado de forma “informal” há quatro meses.
“Começamos de forma informal para fazer os ajustes necessários. Não é só
juntar as caixinhas, não juntamos uma secretaria com a outra.
Repensamos todo o processo. Redefinimos toda a estrutura e a forma de
trabalhar. Juntamos o processo inteiro dentro de um departamento novo”,
explicou.
Correia ainda destacou que as alterações vão suprir uma necessidade
antiga de responsabilidades processuais. “A gente vai conseguir resolver
um problema histórico na Esplanada [dos Ministérios] para saber quem
cuida de que área. Sempre houve essa confusão de competência entre essas
duas áreas”, comentou.
A SRT foi idealizada pelo secretário de Recursos Humanos, Duvanier
Paiva, que faleceu no último dia 19, vítima de infarto. O substituto
ainda não foi escolhido pela ministra da pasta, Miriam Belchior. Em
entrevista à Agência Brasil, Paiva comentou que a mudança era uma necessidade antiga
para atender à redemocratização nas relações de trabalho. A nova
estrutura objetiva intermediar os debates com as centrais sindicais para
evitar que o conflito chegue no limite da greve.
Luciene Cruz - Agência Brasil
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