Um estudo publicado no The Archives of Neurology sugere que a prática diária de caminhada ou jogging pode reduzir o risco de desenvolver mal de Alzheimer ou, pelo menos, ajuda a mudar o curso da doença. A análise foi liderada por cientistas da Washington University, nos Estados Unidos.
A pesquisa contou com 201
pessoas entre 45 e 88 anos. Embora algumas apresentassem histórico
familiar de Alzheimer, todas foram submetidos a testes de memória e
lógica e não apresentaram qualquer sintoma clínico da doença.
Como o Alzheimer está associado
ao depósito de placas chamadas b-amilóides (Ab) no cérebro, o
experimento foi iniciado com uma tomografia que identificava sinais
dessas placas nos voluntários. Também foi analisado um gene nomeado
apoE, envolvido no metabolismo do colesterol, pois, como divulgado no British Journal of Sports Medicine
um ano atrás, a variação desse gene aumentava em até 15 vezes o risco
de desenvolver a doença. Após os exames, 56 voluntários apresentaram
variação do gene apoE.
Em seguida, todos preencheram um
questionário detalhado sobre seus hábitos de exercícios nos últimos 10
anos. Os resultados mostraram que os voluntários que caminhavam ou
praticavam jogging regularmente (30 minutos durante cinco dias da
semana) tinham menos placas amilóides do que aqueles que não treinavam,
mas a diferença era pouco significativa. Entretanto, para aqueles que
apresentavam o gene modificado e, consequentemente, um depósito maior de
placas, os exercícios se mostraram bastante eficazes, já que apontaram
um número de placas amilóides similar aos daqueles sem o gene
modificado.
O Alzheimer é uma doença
neuro-degenerativa e incurável que provoca o declínio das funções
intelectuais, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social e
interferindo no comportamento e na personalidade.
Siga seis rastros do Alzheimer antes que ele se revele
O Mal de Alzheimer é
uma doença silenciosa, que se revela aos poucos. Mas um estudo,
publicado por pesquisadores do San Francisco VA Medical Center, nos
Estados Unidos, conseguiu mapear os seis principais fatores de risco
para a demência: sedentarismo,
uso de álcool, depressão, tabagismo, diabetes, hipertensão na meia
idade e obesidade. A seguir, especialistas discorrem sobre a relação
entre esses fatores e dão dicas para você cuidar melhor da saúde e se
proteger contra o Alzheimer.
1. Hipertensão:
num quadro de hipertensão arterial, a intensidade com que o sangue
circula acaba causando lesões nos vasos, inclusive nos do cérebro (mais
sensíveis). "Danificados, eles acabam levando menos sangue, oxigenação e
nutrientes para o cérebro", afirma o psiquiatra Cássio Bottino, do
Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP. O tecido
cerebral é muito dependente da oxigenação do sangue e pode perder
capacidade caso surjam falhas vasculares.
2. Tabagismo:
outro fator apontado na pesquisa é o tabagismo. "O cigarro acelera o
processo de envelhecimento neurológico e a atrofia cerebral, o que
agrava as chances de Alzheimer", afirma a geriatra Yolanda Boechat,
coordenadora do Centro de Referência em Atenção ao Idoso da UFF-RJ. Além
disso, é possível que o risco aumente por causa de pequenos infartos
cerebrovasculares que aumentam a morte de neurônios, provocados pelas
toxinas presentes no cigarro.
3. Álcool:
o consumo de mais de duas doses diárias de álcool, não importa a
bebida, aumenta em quase 10% as chances de ter distúrbios neurológicos.
Fora isso, o alcoolista crônico sofre com a perda de tecido cerebral, ou
seja, o cérebro encolhe com o tempo e agravam-se problemas como
esquecimento e perda da memória recente. Mas o consumo de uma dose
diária de álcool (e isso varia de acordo com a bebida) pode retardar o
aparecimento do Mal de Alzheimer, de acordo com estudo da Loyola
University, em Chicago.
Fonte: R7.COM
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