Brasília – Os cinco acusados de envolvimento nas mortes da deputada
Ceci Cunha, do marido e mais dois parentes dela foram considerados
culpados hoje (19) pelos crimes. A decisão foi do júri popular formado
para analisar o caso. O ex-deputado Talvane Albuquerque foi condenado
como mandante do assassinato. Os outros quatro - José Alexandre dos
Santos, Mendonça Medeiros da Silva, Jadielson da Silva e Alécio Vasco -
foram considerados autores materiais.
A leitura das sentenças pelo juiz da 1ª Vara Federal de Alagoas,
André Granja, deve terminar na manhã de hoje. Os réus ainda podem
recorrer da sentença no Tribunal Regional Federal da 5ª Região. O caso
foi a julgamento 13 anos depois de os crimes terem sido cometidos.
Jadielson Barbosa recebeu pena de 105 anos de prisão em regime fechado. Alécio Alves Vasco foi condenado a 87 anos e três meses, também em regime fechado. José Alexandre dos Santos, o Piaba, recebeu pena de 105 anos. Mendonça Medeiros da Silva cumprirá pena de 75 anos e 7 meses.
Jadielson Barbosa recebeu pena de 105 anos de prisão em regime fechado. Alécio Alves Vasco foi condenado a 87 anos e três meses, também em regime fechado. José Alexandre dos Santos, o Piaba, recebeu pena de 105 anos. Mendonça Medeiros da Silva cumprirá pena de 75 anos e 7 meses.
Ceci Cunha, o marido e mais dois parentes foram assassinados em 1998
em Maceió (AL). O primeiro julgamento relativo ao crime começou há três
dias com o depoimento de testemunhas e o interrogatório de dois
acusados, José Alexandre e Mendonça Medeiros.
Anteontem (17) foram ouvidos Alécio, Jadielson e Talvane. Todos
negaram participação no crime, inclusive os réus confessos, que alegaram
ter sido torturados para assumir a autoria. Ontem, o último dia do
julgamento, houve alegações finais da acusação e da defesa. Essa etapa
durou dez horas – foram três horas de exposição para cada lado, com mais
duas de réplica e tréplica.
A acusação usou gráficos de rastreamento telefônico dos acusados por
meio de torres de celular. Eles revelaram a movimentação da deputada e
dos supostos assassinos, conforme acusação do Ministério Público (MP)
antes e no dia do crime, incluindo a rota de fuga. Também lembrou a
ligação gravada entre Talvane e o pistoleiro Chapéu de Couro para tratar
da morte do deputado Augusto Farias, que, segundo o MP, acabou sendo
substituído por Ceci Cunha na mira do assassino.
A defesa dos réus levantou dúvidas sobre o conteúdo do depoimento da
irmã de Ceci, Claudinete Maranhão, única sobrevivente da chacina, ao
lado do filho dela que na época era um bebê. Os advogados argumentaram
que ela deve ter se confundindo ao reconhecer Jadielson como um dos
autores dos disparos. Também disseram que as testemunhas estavam
sugestionadas a culpar Talvane desde o início.
Por Débora Zampier - Agência Brasil
Colaborou Renata Giraldi//Edição: Graça Adjuto
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