São Paulo - Após quatro dias de julgamento, Lindemberg Alves, 25
anos, foi condenado ontem (16) pela morte de sua ex-namorada Eloá
Pimentel. O crime ocorreu em outubro de 2008, após Lindemberg ter
mantido a ex-namorada em cárcere privado por mais de cem horas, no
apartamento onde ela morava, em Santo André (SP). O réu foi condenado a
uma pena de 98 anos e dez meses de reclusão, em regime inicialmente
fechado.
Além de manter Eloá como refém, Lindemberg manteve ainda cativo três
amigos da vítima, entre eles Nayhara Rodrigues, que foi ferida a tiro
no rosto. Nayhara foi uma das testemunhas ouvidas durante o julgamento.
O júri foi composto por sete pessoas. O réu foi acusado de cometer
12 crimes, entre eles, a morte de Eloá, duas tentativas de homicídio
(contra Nayara Rodrigues e contra o sargento Atos Valeriano, que
participou da negociação de rendição de Lindemberg), cárcere privado e
disparos de arma de fogo. Ele foi condenado por todos os 12 crimes.
Durante a leitura da sentença, a juíza Milena Dias disse que "o réu
agiu com frieza, premeditadamente em razão de orgulho e egoísmo sob a
premissa de que Eloá não poderia, por vontade própria, terminar o
relacionamento amoroso”.
Pela lei brasileira, Lindemberg só poderá ficar preso por, no
máximo, trinta anos. Segundo o Tribunal de Justiça, ele não poderá
recorrer em liberdade.
Por Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
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