Brasília - Farmácias ilegais na internet, que têm como
alvo o público jovem, são uma das principais preocupações da Junta
Internacional de Fiscalização a Entorpecentes (Jife). De acordo com
relatório divulgado hoje (28) pela instituição, drogas ilícitas estão
sendo encomendadas online, juntamente com os medicamentos receitados.
Para atrair o público jovem, essas empresas começaram a usar as mídias sociais para divulgar seus sites.
O relatório mostra que essas iniciativas podem colocar grandes
públicos em risco, pois a Organização Mundial da Saúde (OMS) descobriu
que mais da metade dos medicamentos de farmácias ilegais na internet são falsos.
"Aspectos-chave das atividades dessas farmácias incluem o
contrabando de seus produtos aos consumidores e a tentativa de convencer
o consumidor de que eles são, de fato, legítimos”, diz o documento. A
Jife já pediu aos governos para fechar essas farmácias ilegais,
apreender substâncias que foram compradas de maneira ilícita pela internet e contrabandeadas pelo correio.
Em 2010, houve mais de 12 mil apreensões de substâncias controladas
internacionalmente e enviadas pelo correio, sendo que 6, 5 mil
apreensões foram de substâncias lícitas internacionalmente controladas e
mais de 5,5 mil de drogas de origem ilícita. A Índia foi identificada
como o principal país de origem dessas substâncias, representando 58%
das apreensões. Os Estados Unidos, a China e a Polônia também foram
identificados como países de origem das drogas vendidas pela internet.
O documento destaca que embora haja publicações e acordos sobre o
tema, ainda há diversas barreiras que impedem a solução do problema,
entre elas a falta de tecnologia e de pessoal qualificado. “Os governos
que identificam as farmácias ilegais na internet, que operam dentro de outros territórios, devem notificar o governo pertinente e a cooperação técnica deve ser reforçada".
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça seu comentário nesta postagem!