Brasília – O governo brasileiro vai ajudar a Colômbia na liberação de
reféns em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc),
disse ontem (16) o vice-ministro de Defesa colombiano, Jorge Enrique
Bedoya. O caso mais recente envolve dez militares colombianos que estão
em poder da guerrilha há mais de dez anos.
No início do mês, as Farc cancelaram a operação para liberar seis dos
dez militares que estão em seu poder, alegando que o governo de Juan
Manuel Santos não desmilitarizou a área onde os reféns seriam entregues.
A previsão era libertar os militares colombianos Luis Alfonso Beltrán,
César Augusto Lasso, José Carlos Duarte, Jorge Trujillo, Humberto Jorge
Romero e José Libardo Forero.
Parentes e amigos dos reféns pediram que o Brasil mediasse as
negociações entre a guerrilha e o governo. "Estamos prontos para que os
reféns sejam liberados. Esperamos que as Farc não aumentem mais o
sofrimento das famílias", disse o vice-ministro Bedoya. Segundo ele, "o
governo do Brasil aceitou formalmente nosso pedido de participar do
processo de libertação dos militares e policiais que há mais de dez anos
estão privados de sua liberdade".
O Itamaraty informou que o governo brasileiro está “pronto a ajudar a
Colômbia no que for preciso”, sem especificar como será a colaboração,
que será definida pelo país vizinho.
Não é a primeira vez que o Brasil irá apoiar a Colômbia no resgate de
reféns. Nos anos de 2009 e 2010, o governo brasileiro participou da
liberação de oito reféns. Em fevereiro do ano passado, no entanto, a
ajuda brasileira não rendeu frutos, as Farc desistiram de liberar reféns
que teriam o auxílio brasileiro.
Por Carolina Pimentel *
Repórter da Agência Brasil
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