Brasília – Em reunião, ontem (22), com a presidenta Dilma Rousseff e
ministros, empresários receberam a garantia do governo de que continuará
agindo no sentido de reduzir os juros e proteger o real ante a
desvalorização do dólar. Mantega garantiu aos empresários que serão
adotadas medidas para reduzir o custo financeiro e ampliar a desoneração
da folha de pagamento.
“O governo vai criar ainda mais facilidades para reduzir o custo do
investimentos. O que vamos fazer é reduzir tributos sobre investimentos,
custo da folha salarial, juros, custos financeiros. Estaremos
viabilizando mais investimentos por que estaremos reduzindo os custos
para eles [empresário]", disse Mantega após a reunião.
Na reunião, os empresários relataram preocupação com a valorização
cambial, a elevada carga tributária, os juros e as deficiências de
infraestrutura. Mas o ministro da Fazenda disse que, apesar da
preocupações, os empresários demostraram interesse em aumentar os
investimentos privados e o governo sinalizou que vai apoiar, com
investimentos, os planos de expansão do setor privado.
“O setor público vai aumentar investimentos e o setor privado está se
comprometendo também em elevar os investimentos. Ouvimos a apresentação
de projetos de investimentos de grande magnitude, de 5, 15 e, até, 20
bilhões de dólares. Percebemos que os vários setores estão animados para
fazer grandes investimentos, de modo a viabilizar esse crescimento
maior”, disse Mantega, que prometeu promover mais quatro reuniões com os
empresários ao longo do ano.
Ele lembrou, no entanto, que a maior responsabilidade de aumentar
investimentos é da iniciativa privada, já que o governo participa com,
no máximo, 3% dos 20% que constituem o investimento total do país em
relação ao Produto Interno Bruto (PIB).
A dona da rede varejista Magazine Luiza, Luiza Trajano, disse que a
presidenta Dilma Rousseff ouviu mais do que falou. “O Brasil tem hoje um
mercado consumidor que ninguém tem. Agora, a nossa reclamação é sempre a
carga tributária”.
O governo vem discutindo com empresários a desoneração da folha de
pagamento. A proposta é que, no âmbito do Plano Brasil Maior, lançado no
ano passado, a alíquota da contribuição para o Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS) seja reduzida de 20% para zero e o empresariado
opte pelo recolhimento de 1,5% sobre o faturamento. A indústria pede uma
alíquota menor ou, até mesmo, o fim dessa contribuição.
Por Daniel Lima e Yara Aquino
Repórteres da Agência Brasil
Repórteres da Agência Brasil
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