A polícia de São Paulo disse já ter identificado ao menos 50
sequestros-relâmpagos que teriam sido cometidos pelas integrantes da
quadrilha que ficou conhecida como gangue das loiras. O grupo foi
descoberto após dois meses de investigação, segundo o DHPP (Departamento
de Homicídio e Proteção à Pessoa).
Os crimes teriam sido cometidos em estacionamentos de shoppings e
supermercados da capital e Grande São Paulo. A quadrilha seria formada
por seis mulheres e um homem, o chefe do grupo.
Na terça-feira (20), a polícia divulgou uma cópia das imagens do
circuito de segurança de uma loja de eletrônicos em que uma suspeita de
integrar a gangue aparece cometendo um dos crimes dos quais a quadrilha é
acusada.
No vídeo, uma mulher loira entra na loja e pede informações ao vendedor.
Sem pressa, ela escolhe os produtos que quer levar. É uma compra
grande: quatro tablets. Na sequência, ela paga a loja com um cartão de
crédito roubado em um sequestro-relâmpago.
Segundo a polícia, a mulher no vídeo é Priscilla Amaral, de 32 anos. No
dia em que as imagens foram feitas, ela teria gastado R$ 17 mil em um
shopping de São Paulo em que fica a loja de eletrônicos. Ela teria feito
ainda saques em caixas eletrônicos com os cartões da vítima.
A polícia afirma que os criminosos sempre escolhiam as vítimas em
estacionamentos de shoppings e supermercados. No momento em que a pessoa
chegava para colocar as compras no carro e estava distraída era
abordada pelo chefe da gangue e uma das assaltantes.
De acordo com o delegado Alberto Pereira Matheus Junior, responsável
pelo caso, o grupo preferia vítimas com tipo físico parecido com o das
integrantes da quadrilha. Essa seria uma forma de tentar enganar quem
pedisse algum documento com foto na hora em que as criminosas iam pagar
as compras feitas com cartões roubados.
- São pessoas de classe média alta, de poder aquisitivo, dominam
outros idiomas. Estamos lidando com pessoa que tem nível socioeconômico
acima da média.
Via dupla
A quadrilha foi descoberta após a prisão de uma suposta integrante em
Curitiba (PR). Carina Vendramini, de 25 anos também foi flagrada por
câmeras de segurança cometendo um roubo. Ela surpreendeu a polícia por
ter uma vida dupla. Em Curitiba tinha emprego fixo, morava com marido e
filho de dois anos. Ela dizia à família que ia visitar a família em São
Paulo e se juntava à gangue para cometer os crimes.
Essa moça vem periodicamente ao Estado de São Paulo, pratica crimes e retorna. O marido não tinha conhecimento.
O delegado diz ainda acreditar que a beleza das criminosas era uma estratégia para não levantar suspeitas.
O bando começou a agir em 2008. Ainda de acordo com a polícia, o suposto
chefe da quadrilha se referia às parceiras do crime pela alcunha de uma
dupla de criminosos americanos famosos, Bonnie e Clyde. A dupla
inspirou um filme de mesmo nome, que foi assistido pela quadrilha e
inspirou o grupo.
- O criminoso chamava a criminosa de Bonnie e a criminosa chamava o
criminoso de Clyde. Não importava que mulher era, era sempre a Bonnie.
Fonte: R7.COM
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