Brasília - Decreto publicado hoje (12) no Diário Oficial da União
eleva de três para cinco anos a cobrança de 6% do Imposto sobre
Operações Financeiras (IOF) nas liquidações de operações de câmbio
contratadas a partir dessa data, para ingresso de recursos no país
(empréstimos externos). No dia 1º, o governo já tinha elevado de dois
para três anos o prazo para a incidência do imposto nos empréstimos
externos. Na prática, isso significa que o dinheiro terá de ficar mais
tempo no país para evitar a taxação.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já tinha avisado que o governo iria adotar medidas para defender o real e que a equipe econômica não ficará assistindo à guerra cambial de forma impassível.
De acordo com o decreto, a medida vale “nas liquidações de operações de
câmbio contratadas a partir de 12 de março de 2012, para ingresso de
recursos no país, inclusive por meio de operações simultâneas,
referentes a empréstimo externo sujeito a registro no Banco Central,
contratado de forma direta ou mediante emissão de títulos no mercado
internacional com prazo médio mínimo até 1.800 dias: 6%”.
No ano passado,
o governo já havia anunciado a cobrança de IOF nessas operações de
empréstimos de empresas e bancos no exterior. Inicialmente, ficou
estabelecido que empréstimos com menos de 360 dias pagariam IOF. Depois,
o prazo foi estendido para 720 dias (dois anos). Na época, a ideia do
governo era não só conter a queda da moeda, mas também a excessiva
oferta de crédito na economia brasileira.
A valorização excessiva do real prejudica as exportações pois os
produtos brasileiros ficam mais caros no exterior, dificultando a venda
nos mercados estrangeiros que, diante da crise, têm desvalorizado muitas
vezes superficialmente suas moedas. Por outro lado, afeta a indústria
nacional que tem dificuldade de concorrer com produtos estrangeiros cada
vez mais baratos diante da desvalorização do dólar.
Por Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
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