Brasília – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC)
iniciou ontem (6) a segunda reunião do ano para avaliar se o momento
econômico é adequado para promover mais uma redução da taxa básica de
juros (Selic), que está em 10,50% ao ano e, em caso positivo, determinar
de quanto será a redução.
Com base no histórico das quatro últimas reuniões do colegiado de
diretores do BC, a maioria dos analistas financeiros espera que o Copom
use igual dosagem, de 0,5 ponto percentual, e baixe a Selic para 10% ao
ano, como mostra o boletim Focus divulgado segunda-feira (05/03). Mas, não
faltam palpites de que o momento macroeconômico favorece a uma redução
mais ousada da taxa de juros.
É o caso, por exemplo, do professor de economia da Fundação Getulio
Vargas (FGV), Rogério Mori, que defende uma redução de 0,75 ponto
percentual, em virtude de a economia brasileira viver, no momento, um
quadro de desaceleração. Além disso, diz ele, uma redução maior também
diminui a atratividade das aplicações no mercado interno para os
investidores estrangeiros, com menor pressão para valorização do real
ante o dólar.
Como as reuniões do Copom são feitas sempre em duas etapas – na terça e
na quarta-feira – a dose exata só será conhecida amanhã à noite quando
terminar a segunda etapa da reunião, que tem periodicidade média de 45
dias. Na primeira sessão, os chefes de departamento do BC apresentam
análises da conjuntura doméstica sobre inflação, nível de atividade,
finanças públicas e outras variáveis. Só na sessão seguinte, os
diretores discutem e definem a taxa Selic mais apropriada para o
momento.
Por Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil

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