Brasília – Depois de 21 anos, o Brasil terá representação diplomática
em Bagdá, no Iraque. A partir deste mês a Embaixada do Brasil no Iraque
passará a funcionar de forma plena, segundo diplomatas que estão nesta
missão. O embaixador Anuar Nahes assumiu o posto em janeiro, mas se
mudou para o país no começo deste mês. O setor consular já está
funcionando na representação em Bagdá.
Ainda não há dados precisos sobre o número de brasileiros no país,
mas esse levantamento está sendo feito pelo governo. A reabertura de uma
embaixada inclui desde a organização da estrutura física da
representação à definição de tarefas dos setores específicos, além das
questões burocráticas, há as jurídicas, políticas, econômicas e
comerciais.
Uma das primeiras tarefas da embaixada é organizar uma reunião entre
os integrantes da Comissão Mista Brasil e Iraque. Desde 2006, os
assuntos diplomáticos referentes ao Iraque são conduzidos por um
escritório em Amã, na Jordânia.
Nesta semana, funcionários locais e do Ministério das Relações
Exteriores concluem a tarefa de preparar documentos e mobílias para a
transferência a Bagdá.
A reabertura de uma embaixada no Iraque ocorre no momento em que o país
vive sob clima de tensão. Nas últimas horas, vários carros-bomba
explodiram em algumas cidades iraquianas provocando mais de 30 mortes e
deixando pelo menos 100 feridos. A comunidade internacional tenta
apoiar a busca pela estabilização política, econômica e social da
região.
Em novembro do ano passado, o Itamaraty confirmou a reabertura da
embaixada no Iraque. Em 1991, a representação foi fechada devido aos
conflitos que colocavam em risco a permanência dos profissionais no
país.
Por Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
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