São Paulo – Os caminhões-tanque que abastecem os postos de combustíveis
de São Paulo vão trabalhar até domingo (12) para que os paulistanos não
sofram, na semana que vem, com o desabastecimento. O fornecimento de
combustíveis foi interrompido na segunda-feira (5) por uma paralisação
dos caminhoneiros, que protestam contra a proibição de circular pela
Marginal Tietê e outras vias importantes da cidade nos horários de maior
movimento de tráfego.
A operação dos caminhões-tanque só foi retomada plenamente no início da
madrugada de hoje (8). A Polícia Militar (PM), entretanto, continua
escoltando os caminhões para impedir a ação de vândalos supostamente
ligados ao movimento grevista. Mas o Sindicato dos Transportadores
Rodoviários Autônomos de Bens do Estado de São Paulo (Sindicam-SP)
assegurou que as depredações de veículos e ameaças a caminhoneiros que
ocorreram nos últimos dias foram feitas por “pessoas estranhas e alheias
à categoria”.
Do início da greve até o fim da manhã de hoje (8), a PM fez 127
escoltas para 277 caminhões. De acordo com a corporação, a operação
permitiu o transporte de 10 milhões de litros de combustível desde
terça-feira (6). O volume equivale a cerca de 20% da demanda diária da
capital paulista. Com isso, ficou garantido o fornecimento a serviços
essenciais, como aeroportos, polícia e limpeza urbana.
Alguns postos estão aproveitando a escassez do produto para aumentar os
preços. Em operação para coibir os abusos, as polícias Civil e Militar
prenderam nove gerentes de postos por crime contra a economia popular. A
Fundação Procon de São Paulo contabilizou até o início da tarde de hoje
(8) aproximadamente 200 denúncias de cobrança de preço abusivo. Se
confirmadas, os donos dos postos são autuados e obrigados e pagar multas
que variam de R$ 400 a R$ 6 milhões.
Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
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