São Paulo - A corregedora nacional do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ), ministra Eliana Calmon, anunciou ontem (2) que recomeçará com
“mais desenvoltura” o trabalho de investigação nas folhas de pagamento
do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) e, também, sobre a evolução
patrimonial dos magistrados. Segundo a ministra, a maioria dos membros
da corte “espera de braços abertos pelo auxílio da corregedoria”.
O processo investigativo sobre movimentações financeiras em 22
tribunais, tanto da esfera federal quanto da estadual, tinha sido
suspenso, em dezembro, por força de uma liminar do ministro Ricardo
Lewandowski , do Supremo Tribunal Federal (STF). Mas, na última
quarta-feira (29), a liminar foi parcialmente derrubada por outra
decisão de outro ministro do Supremo, Luiz Fux, que autorizou a
continuidade das investigações, vetando apenas o uso de informações do
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e do Banco
Central.
“A grande maioria dos desembargadores de São Paulo quer , efetivamente,
um diagnóstico real do que está acontecendo no tribunal, na folha de
pagamentos”, disse a ministra, no início da tarde de hoje (1º), após a
solenidade comemorativa dos dez anos da instalação dos juizados
especiais federais da 3ª Região (que representa São Paulo e Mato Grosso
do Sul).
Calmon informou que já existe um conjunto de dados sendo analisados por
uma equipe técnica, mas que não há prazo para a conclusão das
investigações, que buscam apurar irregularidades como enriquecimento
ilícito e pagamentos indevidos.
Por Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
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